sexta-feira, 28 de maio de 2010

Traição!

Amigas, passei as últimas semanas lendo Mario Vargas Llosa. Em que pese sua peculiar posição ideológica, que não me agrada absolutamente, é um dos escritores que mais me encantam. E ele gera um efeito particular em mim: quando estou lendo-o, não consigo levar a cabo outras leituras simultâneas. Eu, que sempre gostei de ler mais de um livro ao mesmo tempo, inclusive de literatura, não consigo fazer isso com o Vargas Llosa. Aliás, ele quase me impede de ler textos "técnicos" - leio esses quando preciso, mas sempre pensando que aquele tempo de leitura estaria muito melhor empregado na apreciação de seu estilo de combinar romance e história. Aconteceu isso com "A Festa do Bode", que li há alguns anos. Depois disso comprei mais dois - "O Paraíso na outra esquina" e "Travessuras da menina má" - mas como estava fazendo os créditos do doutorado e depois redigindo a tese, nem me aproximei deles, antecipando seus efeitos sobre a minha pesquisa. Terminada a tese, me permiti saborear um deles. E não deu outra. Nem do livro das Mulheres de Frases consegui dar conta. Coisas de paixão literária, que não se submete à polícia ideológica, nem à fidelidade às escritoras... Perdoada?